domingo, 13 de setembro de 2009

Intervenções desnecessárias? Não, obrigada!


Hoje em dia quando conseguimos fugir da cesárea acabamos caindo nas intervenções desnecessárias.
Por vezes elas até são necessária, mas como a cesárea, elas parassaram a ser utilizadas de forma banal e rotineira. Tornou-se mais uma forma de desrespeito a mulher!

E que falar sobre elas?
Ocitocina? Que os Deuses me livrem desse mal! A ociticina sintética aumenta a frequencia e a intensidade das contrações, fazendo com que as dores se tornem insuportáveis. Isso gera uma bola de neve, com uma interveção puxando outra, o que geralmente acaba em uma cesárea! A mulher é capaz de produzir ocitocina sozinha, não é necessário aplicar o hormônio sintético.
Ficar deitada? O trabalho de parto evolui muito mais rápido quando a mulher se mantém ativa. Ficar deitada deixa o trabalho de parto mais lento e as contrações mais doloridas. Parir deitada é mais difícil, não contamos com o auxílio da gravidade e as chances de gandes lacerações são consideravelmente maiores.
Epsiotomia? A epsiotomia é um corte feito no períneo para "facilitar"a saída do bebê, usado rotineiramente com a desculpa de que serve para evitar lacerações. Em alguns casos pode realmente ajudar. Mas se a mulher tiver um parto mais verticalizado e fizer (durante a gravidez) exercícios para o períneo as chances de ocorrer alguma laceração considerável são muito menores. Muitas vezes sequer ocorre laceração. Epsiotomia de rotina? Nem pensar!
Manobra de kristeller? De forma alguma! Isso deveria ser crime! Para quem não está ligando o nome a pessoa, essa é uma manobra onde alguém da equipe médica empurra com os braços o abdomem da mãe, empurrando o bebê em direção a vagina. Além de ser absurdamente brutal e dolorido, pode causar ropimento de órgãos da mãe.
Rompimento artificial da bolsa? Muitos médicos rompem a bolsa para acelerar o trabalho de parto, mas isso causa na mãe dores ainda maiores durante as contrações, além de acelerar o trabalho de parto quando o prórpio corpo sabe o ritmo que tem. Mais uma intervenção que acaba por gerar muitas outras!
Excesso de toques vaginais? Causa ainda mais ansiedade no trabalho de parto, além do desconforto para a mãe. Se a mãe se manter ativa durante o trabalho de parto a necessidade de toques vaginais (para verificar dilatação) diminui consideravelmente.
Acho que muito ainda pode se falar sobre intervenções (na maioria das vezes desnecessárias)! Mais isso ficaria muito longo e cansativo!

O importante é saber que o corpo da mulher está preparado para parir. Em pouquíssimos casos é necessária alguma intervenção! E elas devem ser feitas somente com uma necessidade real, e não rotineiramente como é feito atualmente. Deve-se respeito ao corpo da mulher. Deve-se respeito a nova vida que está vindo ao mundo. Deve-se respeito a essa nova relação mãe-filho.
Deixar a mulher parir ativamente, deixá-la seguir seus instintos e deixá-la a vontade levará a um belo parto natural.



Um parto ativo é instintivo. Baseia-se em dar à luz de modo natural e espontâneo por meio de sua própria vontade e determinação, tendo a completa liberdade de usar seu corpo como bem escolher e seguir suas solicitações. (Parto Ativo, de Janet Balaskas)


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